sábado, 13 de setembro de 2014

A logística reversa e o reaproveitamento do lixo eletrônico

"A logística reversa é a criação de um sistema que leve ao retorno de vários tipos de produtos - como os eletroeletrônicos - ao fabricante, quando de seu descarte, para reaproveitamento de componentes. Ela envolve não só a coleta de produtos aproveitáveis, obsoletos ou sem serventia, mas também seu encaminhamento à reciclagem. Ela deve abranger do consumidor à indústria recicladora e garantir, ao mesmo tempo, sustentabilidade ambiental, econômica e social. Sem uma logística reversa consolidada, a cadeia de reciclagem não atinge escala viável. Dada a diversidade social, cultural, geográfica e burocrática das populações, a logística reversa deve ser diferente em cada país."

"O valor agregado dos produtos obtidos na manufatura reversa ainda é baixo, e a falta de incentivo à indústria de reciclagem é outro entrave. Por conta desse quadro, os consumidores pagam taxas de coleta e transporte dos eletreletrônicos, para cobrir os custos de processamento. Estima-se que são reciclados no Brasil apenas 2%  desses produtos. O que não é reciclado ou exportado é descartado em aterros."

"O Brasil, de modo geral, não tem uma cultura voltada para a logística reversa, a menos que seja movida por alguma recompensa. Em 1991, por exemplo, as latinhas de alumínio eram trocadas por um desconto na compra. Esse fato colaborou, mas com os problemas socioeconômicos do país, recolher do lixo materiais de maior valor agregado, (no caso alumínio) se tornou um meio de subsistência - o lado ambiental ficou em segundo plano. Reciclar alumínio permite uma economia de de energia de 90% a 95%, em comparação com a obtenção do metal a partir do mineral bauxita."

Fonte: Ciência Hoje 

Precisamos usar da logística reversa para não só a reciclagem, mas também para a reutilização do lixo eletrônico. Para isso todos nós precisamos nos esforçar para mudar essa situação e assim aumentar o índice de reaproveitamento do lixo eletrônico no Brasil.